Soneto
A orgia mata a mocidade, quando
Rugem na carne do delírio as feras,
E o moço morre como está sonhando
Nas suas vinte e cinco primaveras.
Em cima - o oiro sem mancha das esferas,
Em baixo oiro manchado de execrando
Festim de sibarita:, das heteras
Lubricamente se despedaçando!
Em cima, a rede do estelário imáculo
Suspensa no alto como um tabernáculo
– A orgia, em baixo, e no delírio doudo
Corno arvoredos juvenis tombados
Os moços mortos, os brasões manchados,
E um turbilhão de púrpuras no lodo!